Holding supera expectativas com alta de 11% no lucro, impulsionada pelo Itaú Unibanco, e mantém forte política de proventos.

ITSA4 Lucro líquido recorde

A Itaúsa (ITSA4) divulgou um lucro líquido recorrente recorde de R$ 4,037 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2T25), com aumento de 11% em relação ao 2T24. O desempenho reflete a solidez de sua estratégia de investimentos e gestão financeira.

Resultados financeiros em destaque (ITSA4)

Lucro líquido recorrente: R$ 4,037 bi (+11% a/a)
Lucro líquido total (incluindo itens não recorrentes): R$ 4,066 bi (+8,1% a/a)
ROE recorrente: 18,4% (ante 17,7% no 2T24)
Dívida líquida: aproximadamente R$ 587 milhões (queda de 30% em 12 meses)
Caixa: cerca de R$ 4,2 bi, impulsionado por proventos e subscrição de ações

Portfólio e performance por segmento

Itaú Unibanco: contribuiu com R$ 4,118 bi (+12,3% a/a)
Alpargatas: evolução expressiva de +215%, com lucro de R$ 30 mi
Dexco: queda de 78,6%, gerando apenas R$ 9 mi
Motiva (ex-CCR): leve recuo de 2,9%, resultando em R$ 41 mi
Em valor de mercado, o portfólio atinge R$ 159,3 bi, enquanto o valor intrínseco da Itaúsa ficou em R$ 120 bi—refletindo desconto de ~24%

Desalavancagem e gestão de passivos

A companhia manteve sua política de gerenciamento ativo da dívida, incluindo o pré-pagamento de R$ 1,25 bi em debêntures, o que reduziu custo médio da dívida e alongou seu perfil. Essa disciplina financeira fortaleceu o caixa e melhorou o perfil de alavancagem.

Política de remuneração aos acionistas

Juros sobre capital próprio (JCP): R$ 2,3 bi adicionais (R$ 0,21 por ação), com pagamento previsto para 29 de agosto
Banco também aprovou mais R$ 1,7 bi no início de agosto, totalizando R$ 2,7 bi em proventos no semestre (alta de 47% frente a 1S24)
Dividend yield estimado: cerca de 9,8% sobre os últimos 12 meses

Conclusão

A Itaúsa (ITSA4) apresentou um trimestre excepcional em 2T25, com lucro recorrente recorde, combinação de gestão eficaz da dívida e robusta política de distribuição de proventos. A performance positiva das investidas, sobretudo do Itaú Unibanco, e a recuperação de ativos como Alpargatas consolidaram o trimestre como um marco para a holding. A redução do endividamento e o elevado ROE reiteram a consistência da estratégia da empresa.