Resultados da Romi no 2T25: queda de 47,2% no lucro

 


A Indústrias Romi S.A. (ROMI3) é uma das maiores e mais tradicionais fabricantes brasileiras de máquinas-ferramenta, máquinas para plásticos e fundidos/usinados. Fundada em 1930, em Santa Bárbara d’Oeste (SP), a Romi se consolidou como referência em soluções industriais de alta precisão, com atuação global e presença marcante nos mercados da América Latina, Europa e Estados Unidos. Seu portfólio é voltado majoritariamente para os setores automotivo, agrícola, industrial e de bens de capital.

Além da unidade matriz no Brasil, a empresa também controla a Burkhardt+Weber (B+W), fabricante alemã de centros de usinagem de grande porte, ampliando seu posicionamento internacional.

O 2º trimestre de 2025 foi marcado por desafios operacionais, alta seletividade nos pedidos e um ambiente macroeconômico ainda pressionado por juros elevados. Neste artigo, analisamos em detalhes os resultados da Romi no 2T25, seus números financeiros, principais destaques por unidade de negócio e as perspectivas para o restante do ano.


📊 Destaques do 2º trimestre de 2025

  • Lucro líquido de R$ 16,4 milhões, queda de 47,2 % em relação ao 2T24, mas alta de 62,3 % sobre o 1T25.
  • Receita operacional líquida de R$ 316,1 milhões, crescimento de 7,1 % no comparativo anual e aumento de 15,7 % frente ao trimestre anterior.
  • EBITDA ajustado de R$ 27,7 milhões, queda de 16,6 %, com margem de 8,8 %, inferior aos 11,3 % de 2T24, mas superior aos 6,6 % do 1T25.
  • EBIT ajustado de R$ 10,5 milhões, queda de 41,4 %, mas salto expressivo de 824,5 % em relação ao 1T25.
  • Caixa e equivalentes totalizam R$ 246,5 milhões em 30 de junho de 2025.

🚚 Carteira de pedidos: expansão expressiva

  • Carteira de pedidos chegou a R$ 866,8 milhões, avanço de 30,8 % em 12 meses.
  • Entrada de pedidos no trimestre: R$ 333,2 milhões, alta de 3,8 % sobre o 2T24.

Os destaques ficam por conta da unidade B+W (Alemanha), com aumento de 37,9–368 % na carteira e volume recorde de pedidos, posição de retaguarda para entregas até 2026.


Leia também:

🔍 Performance por unidade de negócios

  1. Romi Machines
    • Receita e pedidos domésticos recuaram (~–10 %), porém o segmento de locação de máquinas cresceu 9,2 %, com 107 unidades alugadas, totalizando R$ 48,7 milhões em contratos.
    • Margem operacional de 17,9 %, alta de 2,6 pp, impulsionada por exportações e locações.
  2. B+W Machines
    • As unidades alemãs apresentaram voos, com carteira de R$ 455 milhões e crescimento de até 368 %.
    • Receita bem distribuída ao longo do ano e foco na execução de projetos em 2S25.
  3. Fundidos e Usinados
    • Apresentaram margens negativas devido à queda nos pedidos nos setores eólico e automotivo; porém há sinais de recuperação operacional.

💡 Análise geral do desempenho

  • O crescimento da receita e carteira indica resiliência da Romi em meio a cenário de juros altos e incertezas.
  • A queda no lucro líquido e margens reflete maiores custos fixos e menor produtividade na unidade de fundidos, compensados parcialmente pela eficácia operacional em Romi Machines e expansão internacional via B+W.
  • O aumento expressivo da EBITDA e EBIT no trimestre frente ao 1T25 mostra recuperação consistente.

🔮 Perspectivas para o 2S25

  • Romi projeta aumento de entregas e receita no segundo semestre, principalmente em B+W.
  • A continuidade do modelo de locação tende a aumentar margens ao longo do tempo.
  • As iniciativas de otimização na unidade de usinados devem trazer melhoria de margens e produtividade.

✅ Conclusão

Os resultados da Romi no 2T25 mostram uma empresa em recomposição:

  • Apesar da queda no lucro líquido, a recuperação trimestral consistente, a carteira robusta e a expansão de negócios internacionais e de locação fortalecem a confiança no futuro.
  • O desafio de alta é a unidade de fundidos, mas o plano de melhora de processos e giro de estoque gera boas expectativas.

Para investidores, a combinação de receita crescente, margens operacionais sólidas e backlog recorde compõem uma tese interessante para a segunda metade de 2025.


 

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