Resultados Petrobras (PETR4) 2T25: Lucro de R$ 26,65 bilhões

No segundo trimestre de 2025, a Petrobras (PETR4) apresentou um conjunto de resultados operacionais fortes, com reversão de prejuízo e maior produção em E&P, embora tenha frustrado expectativas na área financeira, principalmente em dividendos e geração de caixa.


Lucro Líquido, Receita e EBITDA (PETR4)

  • Lucro líquido de R$ 26,65 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões do 2T24.
  • Receita de vendas recuou 2,6% ano a ano (R$ 119,1 bilhões) e 3,3% em relação ao trimestre anterior.
  • EBITDA ajustado registrou R$ 52,3 bilhões, alta de 5,1% em relação ao 2T24.

Produção de Petróleo e Custos

  • Produção de petróleo atingiu 2,32 milhões de barris por dia, crescimento de 4,8% vs 1T25.
  • Lifting cost (custo de extração) caiu 7% em relação ao trimestre anterior, para US$ 8,8/boe.
  • Em julho, a produção média diária chegou a 2,47 milhões de bpd, com perspectiva de encerrar 2025 no topo da meta.

Fluxo de Caixa, Dívida e Alavancagem

  • Fluxo de caixa livre foi de R$ 19,2 bilhões, queda de quase 40% em relação ao 2T24 e de 26% em relação ao 1T25.
  • Dívida líquida subiu para US$ 58,5 bilhões, aumento de 26,8% em 12 meses.
  • Relação dívida bruta / EBITDA ajustado ficou em 1,78x.

Dividendos e Proventos PETR4

  • Anunciado o pagamento de R$ 8,66 bilhões em dividendos e JCP, equivalentes a R$ 0,672 por ação, a serem pagos em novembro e dezembro de 2025.
  • Dividend yield cerca de 2,0–2,1% no trimestre, abaixo do consenso de mercado.
  • O CFO alertou baixas chances de dividendos extraordinários em 2025, dado o investimento elevado e fluxo de caixa pressionado.

Reação de Mercado e Valorização da Ação PETR4

  • Após os resultados, as ações PETR4 caíram cerca de 6%, com perda de R$ 32 bilhões em valor de mercado.
  • Setores como distribuição de GLP foram reintroduzidos no planejamento estratégico, suscitando preocupação entre os investidores.

PETR4 entregou robustez operacional no 2T25, com lucro líquido expressivo e produção em alta. No entanto, a geração de caixa mais fraca, aumento de dívida e dividendos abaixo do esperado limitaram a reação do mercado. O anúncio de reentrada no setor de distribuição trouxe dúvidas adicionais sobre o foco futuro da estatal.


 

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